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Foto do escritorBragaHabit

Apoios à habitação chegam a quase duas mil famílias em Braga

Perto de duas mil famílias do concelho de Braga beneficiam atualmente de apoios à habitação através da empresa municipal BragaHabit. Mais de metade beneficiam do Regime de Apoio Direto ao Arrendamento. Listas de espera crescem e há 580 a aguardar por casa.



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As cerda de duas mil famílias do concelho de Braga que hoje beneficiam de apoios à habitação pela a BragaHabit estão enquadradas em diferentes modalidades distintas que visam responder às seguintes carências:

  • Encontrar alojamento a baixo custo

  • Reduzir o peso dos encargos mensais de quem paga rendas ou créditos bancários


De acordo com Carlos Videira, administrador da BragaHabit:


A elevada procura que temos verificado a diversos níveis deve-se, por um lado, aos problemas que as pessoas têm em aceder a um mercado habitacional muito congestionado e, por outro, à dificuldade de conseguir suportar as despesas inerentes.

Há, ainda, 580 agregados à espera de ter casa e 394 processos em análise para atribuição de Regime de Apoio Direto ao Arrendamento (RADA) ou de Regime de Apoio Direto ao Empréstimo (RADE). Como explica Carlos Videira:


Normalmente conseguíamos despachar os processos num mês, mas agora sentimos muito mais dificuldade, porque o número aumentou de forma brutal. Temos cerca de 400 processos em análise para RADA ou RADE.

Ajuda ao crédito bancário: um dos apoios da BragaHabit


Segundo os últimos dados da BragaHabit, no final do primeiro semestre, havia 1275 agregados integrados num dos dois programas de apoio, o RADA ou o RADE.


A ajuda ao pagamento de rendas é aquela que tem mais beneficiários: 979 famílias, menos 22 do que no mesmo período do ano anterior e mais 292 do que em 2022.


Nesta altura, os subsídios atribuídos no RADA oscilam entre os 13,51 e os 234,90 euros, com o valor médio estabelecido em 130,95 euros.


Em lista de espera estão 304 famílias. A partir de abril de 2023, a Câmara de Braga passou também a ter ativo um programa similar, mas destinado a ajudar quem tem crédito bancário, o RADE, que a 30 de junho deste ano contava com 296 beneficiários, mais 94 do que no ano passado.

A média das verbas libertadas neste programa está atualmente em 130,58 euros, com um mínimo de 4,96 e um máximo de 251,20 euros. 90 agregados aguardam a decisão da BragaHabit quanto à sua candidatura.


Ademais, 45 beneficiários estão integrados em residências partilhadas da BragaHabit, que nalguns casos são geridas pela própria empresa e noutros têm gestão delegada em instituições sociais.



Apoios monetários para habitação

Aos beneficiários destes dois regimes (RADA e RADE), que recebem apoios monetários para fazer face às rendas ou aos empréstimos contratualizados, juntam-se 684 beneficiários distribuídos por habitações sociais, ao abrigo dos programas de arrendamento apoiado, subarrendamento apoiado e residência partilhada.


Se no arrendamento e subarrendamento, o número de beneficiários pouco tem oscilado desde 2022, por vezes até com diminuições, no caso das residências partilhadas há cada vez mais pessoas abrangidas por esta solução. Neste campo, os dados da BragaHabit evidenciam uma lista de espera com 580 possíveis beneficiários, 530 para arrendamento ou subarrendamento apoiado e 50 para residências partilhadas.

Segundo Carlos Videira


Este é um período de grande instabilidade e em que há muita insegurança relativamente à área habitacional”, refere o administrador da empresa municipal, sublinhando que “há muitas pessoas” a apresentar candidaturas a estes programas. O que explica que na lista de espera para arrendamento apoiado estejam 184 agregados familiares beneficiários do RADA. Além disso, muitos agregados candidatam-se de forma preventiva, porque os contratos (de arrendamento) estão a terminar ou percebem que a taxa de esforço subiu e começa a ser muito complicado fazer face aos encargos.

Os beneficiários do RADA e do RADE podem acumular estes subsídios com outros programas,

de cariz semelhante, instituídos pelo Governo.


O que é o apoio RADA da BragaHabit


RADA é o Apoio ao Arrendamento.

No âmbito do Regime de Apoio Direto ao Arrendamento (RADA), a Câmara de Braga atribui, através da BragaHabit, um apoio monetário para ajudar os beneficiários (inquilinos) a pagar as suas rendas mensais.



O que é o apoio RADE da BragaHabit


RADE é o Apoio ao Empréstimo.

O Regime de Apoio Direto ao Empréstimo (RADE) disponibiliza um subsídio para comparticipar a prestação mensal de créditos, contraídos até ao final de 2021, para compra de habitação.



Residência Partilha: uma solução da BragaHabit para beneficiários individuais


A Casa do Encontro é um exemplo de residência partilhada de Braga que alberga 11 pessoas. Solução cada vez mais procurada por beneficiários individuais.


Situada na Rua da Boavista, em Braga, num antigo espaço de acolhimento de idosos agora transformado, desde outubro, numa residência partilhada por quem tem dificuldades económicas e não encontrou solução no mercado habitacional.

Gerida pela BragaHabit, a Casa do Encontro dá atualmente teto a 11 pessoas, que ali encontraram

um porto seguro após caminhos espinhosos. Só duas delas é que já se conheciam.

D acordo com o administrador da BragaHabit, este tipo de alojamento, onde os beneficiários

têm direito a um quarto (neste caso com casa de banho privativa) enquanto as restantes divisões, é:


Uma solução que tem funcionado e que é muito procurada por famílias unipessoais. Por isso mesmo, a nossa empresa municipal tem reforçado a oferta, adaptando imóveis, onde a renda é calculada em função dos rendimentos e que, de acordo com os últimos dados, varia entre os três e os 120 euros.

A Casa do Encontro é, aliás, a residência que abriu mais recentemente. E que segundo um dos seus atuais utentes, Abílio Oliveira de 80 anos, foi algo com impacto muito positivo na sua vida:


Estar aqui foi o melhor que me aconteceu. A casa é tão grande que muitas vezes nem nos vemos, só aqueles que fumam, como eu, e vêm ao pátio. Passei durante anos por várias aventuras, sobretudo em quartos alugados. Num deles as condições eram horríveis, saí mal pude. Fui saltando de um lado para o outro. Antes desta residência partilhada, onde estou há nove meses, morava num apartamento, mas tive de sair porque os proprietários queriam fazer obras. Aqui estou no céu.


Já o utente Jorge Silva, de 66 anos, diz que se não fosse este alojamento muito provavelmente estaria a viver na rua. Mas o processo que levou à Casa do Encontro é semelhante ao do Abílio.


Estava há muitos anos hospedado num quarto, mas no ano passado o filho da senhoria aconselhou-me a procurar outra solução. Pagar o aluguer de um apartamento estava fora de hipótese por causa dos “preços exorbitantes” e de ter uma “reforma baixa”. Nessa altura, pensei para mim: ou pago o aluguer e não como, ou como e vou viver para debaixo da ponte. Felizmente, isso não aconteceu, porque soube das ajudas da BragaHabit e candidatei-me.

No meio de uma maioria de homens, há apenas duas mulheres na Casa do Encontro. Uma delas é Carolina Cruz, 69 anos, que garante que


Cada um tem a sua privacidade e que o grupo é malta porreira. Por uma ou outra razão, viemos todos encontrar-nos aqui.

Casa do Encontro dá teto a pessoas com dificuldades económicas.

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