Dez entidades de Braga vão promover projetos relacionados com educação, cultura ou contra a exclusão social.
Os projetos selecionados receberão, no total, o valor de 200 mil euros. Estes destinam-se à implementação de iniciativas que se destinam a combater a exclusão social e a autonomizar as próprias entidades, representadas, na sua maioria, por associações de moradores.
O programa Viva o Bairro insere-se numa colaboração, iniciada em 2022, entre as entidades municipais (BragaHabit e Câmara de Braga) e as associações de moradores do concelho de Braga. Como refere Carlos Videira, administrador executivo da BragaHabit, surgiu para
Apoiar iniciativas tão diferentes como intervenções no espaço público, atividades de apoio à infância e à terceira idade, apoio ao ensino ou a promover a saúde e o bem-estar.
Contrariamente a outras iniciativas de coesão social realizadas no concelho, no projeto Viva o Bairro são as próprias entidades promotoras dos projetos que gerem a respetiva verba atribuída. Da parte da autarquia e da BragaHabit recebem aconselhamento técnico na elaboração dos projetos e apoio na produção de imagem e de conteúdos de comunicação.
Neste ano, os dez projetos apoiados e cujos apoios variam entre os 10.000 e os 30.000 euros, vão desde:
a criação de salas de estudo;
o desenvolvimento de hortas comunitárias;
a organização de festivais de artes;
a promoção de iniciativas contra o isolamento dos mais idosos.
Iniciativas circunscritas a bairros como os das Enguardas, Andorinhas, Alegria, Santa Tecla, Picoto, Parretas ou Montélios.
Ricardo Rio sublinha que todas as ideias selecionadas pretendem a dinamização e a melhoria da qualidade de vida, dos bairros onde serão executados, ressalvando que
Estamos a falar de uma espécie de orçamento participativo dirigido para um contexto muito particular e pensado pelos próprios moradores, o que é uma mais-valia.
A iniciativa mais apoiada, com o valor de 30.000 euros, é continuidade de um projeto iniciado em 2023. Esta focou-se na criação de uma escola de música e cidadania destinada a crianças e jovens de etnia cigana. Agora, a área de abrangência é reforçada.
Conforme explica Carlos Videira, este projeto, que no ano passado foi contemplado com 20.000 euros, prevê visitas a equipamentos culturais da cidade, como a museus, ao Theatro Circo, ou ao Gnration.
Na primeira edição, o projeto focou-se apenas no bairro do Picoto e este ano estender-se-á à alameda do Fujacal. Trata-se de uma iniciativa que procura a aprendizagem de instrumentos por parte de crianças e que, a partir da música, as leve a interessarem-se por outras atividades culturais com as quais não estejam familiarizadas.
No ano passado, a primeira edição do Viva o Bairro foi premiada pela Organização das Nações Unidas (ONU) com Habitat Scroll of Honour Award, prémio atribuído desde 1989 que reconhece indivíduos e instituições pelo seu contributo para o desenvolvimento urbano.
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