O realojamento das famílias de comunidade cigana acontecerá em 2026.
A Câmara quer acabar com as construções existentes, num terreno do Colégio de São Caetano, e transferir os moradores para as novas habitações previstas.
Dentro de casa, a lareira acesa contrasta com o frio que as janelas deixam entrar. Também a mágoa e a esperança marcam o discurso de quem lá mora. Guilherme Monteiro, 60 anos, é o rosto de uma comunidade cigana que vive esquecida no monte de São Gregório, em Braga. Na casa onde habita, as chapas fazem de teto, as escoras metálicas de alicerces e os fios gastos fornecem a energia elétrica.
Já ninguém devia viver assim, qualquer pessoa tem direito a uma casa digna. Estamos metidos num buraco, contamos os dias para sair desta miséria.
Para Guilherme Monteiro é um dia de cada vez. Maria Aquilina, outra moradora do monte S. Gregório desabafa
Fomo-nos habituando a estar desta maneira. Dizem que é agora mas alguns já morreram sem o conseguir e nós não sabemos. Oxalá que sim.
Marco Montoia, tem uma visão diferente da avó
Confio que vai acontecer. Será o concretizar de um sonho com muito tempo.
São 39 os habitantes do do monte S. Gregório, 21 adultos e 18 crianças. Estas 10 famílias foram sinalizadas na Estratégia Local de Habitação. Segundo Carlos Videira,
São famílias que moram em condições indignas, em construção abarracada há mais de 40 anos. Foi iniciado um processo participado por famílias e instituições (como a Cáritas).
O administrador da Bragahabit refere que
Já foi celebrado um contrato com o Colégio São Caetano para a aquisição de um outro terreno, adjacente ao atual, para esse fim.
Depois da escritura, será submetida a candidatura ao Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) para a obtenção de verbas do programa 1º Direito.
O investimento para a construção das 10 casas modulares é de 1,3 milhões de euros, o que esperamos concluir em 2026.
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