Com invernos cada vez mais rigorosos, os idosos são a população mais vulnerável e exposta às baixas temperaturas.
Com camisolas polares, mantas, chinelos de lã e sem aquecedor. É esta a realidade de muitos idosos, em Portugal. E é assim que enfrentam os dias frios e chuvosos de inverno.
A falta de isolamento térmico e de manutenção das habitações vem agravar ainda mais esta problemática. Dados do Instituto Nacional de Estatística, mostram, que quase um terço das famílias não tem aquecimento. E que apenas 14% recorrem a dispositivos como aquecimento central. A forma mais comum para combater o frio é o recurso a lareiras, salamandras e fogões.
Num estudo da Comissão Europeia, Portugal é quarto país da Europa com mais dificuldades em aquecer as habitações. É superado apenas pela Bulgária, Grécia e Chipre, que ocupam os três primeiros lugares da lista de países mais vulneráveis. Por sua vez, os países com maior eficiência energética são a Suécia, a Finlândia e a Dinamarca.
Por forma a melhorar as condições na habitação dos idosos, entidades públicas e privadas, têm vindo a incrementar programas para a eficácia energética durante o inverno. E também nos meses mais quentes.
Em novembro de 2022, a BragaHabit avançou com ações para combater a pobreza energética. Neste mesmo ano apoiaram 183 famílias, sobretudo pessoas idosas e famílias numerosas. Num investimento total de 450 mil€, Carlos Videira, administrador da empresa municipal aponta que
Substituímos janelas e portas, colocámos isolamento térmico, sistemas de aquecimento de água, bombas de calor, caldeiras.
Face à adesão significativa, o projeto transitou para uma nova edição.
Portugal tem a Estratégia Nacional de Longo Prazo para o Combate à Pobreza Energética 2022-2050. O objetivo visa a:
melhoria das condições de aquecimento nas casas;
redução dos custos de energia às famílias mais vulneráveis;
resolução de problemas como infiltrações, humidade ou elementos apodrecidos.
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